Deus intervém

Imaginemos a seguinte interrogação, bastante honesta: "Se Deus intervém no mundo, não estaria ele indo contra nosso livre-arbítrio?
Deus intervém.
Deus intervém no passado, quando deixou todas as indicações sobre como devemos trafegar pela história que escrevemos. Se nada tivesse feito além de nos deixar o mapa para o caminho, já teria feito muito. Ele intervém negativamente quando experimentamos as conseqüências de não termos levado a sério as orientações que nos legou. Ele intervém positivamente quando Lhe pedimos para entrar em ação. Por isto, a Biblia é uma resposta estimulante ao tema da atuação de Deus no mundo.
Nela encontramos o mais tenso paradoxo: Deus intervém no presente e ainda continuamos livres. Deus intervém quando Lhe pedimos para a agir, preservado o nosso livre-arbítrio. Deus intervém, quando outras pessoas Lhe solicitam, preservado o livre–arbítrio delas, o que mostra também que o livre-arbítrio não é negado por Deus mas por nós. Um ato irresponsavel (nosso para com o outro, ou vice-versa) é um chute na liberdade. Deus intervém quando respondemos ao Seu convite para fazermos coisas juntos, mudando o curso de algumas coisas.
Deus intervém no futuro, ou naquilo que chamamos de futuro, inexistente para Deus. Do outro lado da montanha é futuro para nós, porque para Ele é presente.

Interveio no Éden quando o homem desobedeceu. Foi a intervenção da disciplina.

Interveio no Egito quando o povo gemeu. Foi a invenção do livramento.

Interveio no Sinai e deu a Moisés a tábua das leis. Foi a intervenção da aliança.

Interveio no Monte Carmelo quando Elias orou. Foi a intervenção da fidelidade.

Interveio em Belém da Judéia quando Jesus nasceu. Foi a intervenção da providência.

Interveio no Calvário ao expirar de Jesus. Foi a intervenção da graça.

Interveio em Pentecoste ao operar maravilhas. Foi a intervenção do Espírito.

Interveio no caminho de Damasco quando Saulo caiu. Foi a intervenção do chamado.

Intervirá em breve, ao soar da última trombeta. Será a invenção final.

A história tem sido marcada pela intervenção de Deus. Sendo a manifestação da graça, sem dúvida, a mais profunda, a mais significativa... A maior de todas!


Autor: ISRAEL BELO DE AZEVEDO

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